O herpes simples representa a doença viral mais comum no homem moderno, excluindo-se as infecções respiratórias. Em pacientes imunocomprometidos, as infecções herpéticas podem provocar severas complicações.
As lesões recorrentes do herpes simples são altamente contagiosas para os pacientes, suas famílias, profissionais da saúde e auxiliares, mesmo após alguns dias de regressão das lesões. Por esse motivo o profissional não dever executar os procedimentos ortodônticos no paciente enquanto o herpes simples recorrente se apresentar ativo na pele peribucal, semi mucosa labial e mucosa bucal.
Talvez o herpes simples seja tão frequente entre 40 e 75% dos adultos apresentam lesões herpéticas recorrentes não só pela falta de diagnóstico correto em todos os casos, mas, provavelmente, porque não é tratado de forma adequada em todos os pacientes e em todos os episódios da doença, independentemente da especialidade médica e odontológica em que o paciente se apresente para ser atendido. Quanto mais vírus e recorrências frequentes sem tratamento, maior o potencial de contaminação.
Na manifestação do herpes simples labial em pacientes imunocompetentes podem ser distinguidos os 3 períodos clínicos da doença:
- 1.Prodrômico,
- 2.Clínico ativo
- 3.Reparatório.
Algumas doenças apresentam manifestações clínicas iniciais, como certos sinais e sintomas, que se antecipam ao quadro ativo da doença. A essa forma mais precoce da doença atribui-se o nome de período prodrômico.
1. O Período Prodrômico do herpes simples recorrente peribucal ocorre até 24 horas antes da doença se manifestar explicitamente e se caracteriza pela sutileza. A identificação desse período permite antecipar-se à manifestação clínica exuberante, prevenindo-se de lesões maiores e desconfortáveis.
Quando as lesões herpéticas são diagnosticadas no período prodrômico e a terapêutica aplicada, os resultados são muito melhores e as lesões clinicamente ativas podem até ser evitadas.
O portador de herpes simples recorrente labial pode prever com antecedência de até 24 horas o aparecimento das vesículas e bolhas, pois detecta a sintomatologia:
- O local fica dolorido nas primeiras 12 horas;
- Torna-se discretamente edemaciado;
- Com prurido e ardência.
- Apresenta-se eritematoso e quente.
Pode-se afirmar que o paciente herpético recorrente labial sabe hoje que amanhã terá lesões recorrentes, ou seja, “no dia seguinte haverá as primeiras vesículas e bolhas”.
Os vírus do herpes simples, quando entram pela primeira vez na pele e mucosas queratinizadas ulceradas ou ainda nas mucosas não queratinizadas íntegras, penetram no interior das células epiteliais e nelas se replicam, multiplicando de forma exponencial o número de partículas. No tecido conjuntivo, essas partículas virais ganham acesso aos filetes nervosos e, através deles, “viajam” até o gânglio neural – no caso da cabeça, o mais comumente afetado é o trigeminal. Esse primeiro contato se dá, em geral, até os 5 anos de idade em praticamente todas as crianças que vivem em condições urbanas. Os Herpesvirus hominis permanecem latentes por por muitos anos nos gânglios neurais. Também há evidências de que os genes virais ficariam transcritos nas células epiteliais e a reativação dependeria apenas desse fenômeno, e não da latência ganglionar.
Quando fatores desencadeantes atuam na puberdade e vida adulta, quebram o estado de latentes nos filetes e gânglios neurais da região, ou trigeminal, no caso da cabeça.
Os sinais e, principalmente, os sintomas do período prodrômico representam repercussões das alterações estruturais e funcionais dos filetes neurais e das células epiteliais locais nos primeiros momentos da replicação neural nos seus interiores.
Isso talvez explique a ardência e o prurido local que, no conjunto, podem ser chamados de parestesia local.
Uma em cada quatro manifestações de recorrência do herpes simples peribucal tende a abortar as lesões vesiculares e bolhosas, regredindo espontaneamente, sem qualquer tratamento, ou seja, não evolui para o período clínico ativo.
2. O Período Clínico Ativo sucede o período prodrômico na pele peribucal e semi mucosa labial eritematosa e hipertérmica com o aparecimento das primeiras pápulas, que evoluem rapidamente para vesículas e bolhas cheias de líquido citrino, que representa um exsudato inflamatório seroso.
A diferença entre vesículas e bolhas está no seu tamanho; acima de 3mm de diâmetro as lesões vesiculares podem ser consideradas bolhas.
O período clínico ativo dura entre 2 e 4 dias e as lesões recorrentes peribucais e labiais são predominantemente constituídas por vesículas agrupadas em forma de cachos ou ramalhetes especialmente nas comissuras. Com relativa frequência, o herpes simples recorrente labial pode
se apresentar na forma de apenas uma ou algumas bolhas, muitas vezes volumosas. As manifestações clínicas são localmente dolorosas, especialmente durante a movimentação ou manipulação do local afetado. O prurido, eventualmente, estabelece-se como um sintoma secundário.
A manipulação das lesões herpéticas no período clínico ativo tem alto risco de contaminação, pela grande quantidade de partículas virais no conteúdo vesicular/bolhoso. Dessa forma, o paciente deve ser orientado a, rapidamente, enxugar o conteúdo vesicular quando rompimentos acontecerem, pois podem contaminar áreas vizinhas.
A limpeza das lesões rompidas deve ser realizada com gaze ou lenços descartáveis de papel e o material utilizado dispensado, embrulhado em saquinhos plásticos hermeticamente fechados, pois pode contaminar quem manipulá-los imediatamente após seu descarte.
A multiplicação viral no interior das células epiteliais e neurais inicia-se muito antes do aparecimento das lesões, ou seja, o tratamento para impedir a replicação viral deve ser o mais precoce possível, preferencialmente no período prodrômico.
A grande quantidade de partículas virais no interior das vesículas e bolhas talvez explique porque, depois do seu rompimento, há uma melhora considerável do quadro clínico, independentemente de tratamento ou do tipo de tratamento promovido localmente, mesmo que na forma de placebo.
A manipulação intencional ou não das lesões deve ser evitada por parte do paciente ou familiares, pois quando as mãos contaminadas são levadas a outras partes do corpo, especialmente mucosas e olhos, promovem lesões herpéticas secundárias em outros locais, por autoinoculação. Uma evidência chocante: 67% das pessoas com herpes simples labial recorrente ativo têm o vírus em suas mãos.
As lesões herpéticas secundárias peribucais podem ser contaminadas secundariamente por bactérias estafilococos e estreptococos advindas do ar, da saliva ou das mãos. Nesses casos, as vesículas e bolhas se transformam em pústulas, ou seja, seu conteúdo seroso se transforma em exsudato purulento. Essa transformação muda consideravelmente a forma de tratamento.
3. O Período Reparatório estabelece-se quando as vesículas e bolhas reduzem, gradativamente, de volume e o exsudato seroso é reabsorvido, desde que não tenham sido rompidas anteriormente. O local, agora seco, apresenta-se recoberto por escamas e crostas amareladas e/ou escuras que duram, em média, de 2 a 4 dias e caracterizam o período reparatório.
Nessa fase, as lesões apresentam um número muito reduzido de vírus, mas podem ser ainda contagiosas, especialmente porque aproximadamente 10% das pessoas ainda continuam liberando partículas virais mesmo depois das lesões resolvidas. Muito embora o risco de contaminação seja mais reduzido no período reparatório, durante as manobras clínicas de um atendimento odontológico ainda se pode abrir as lesões, com rachaduras e sangramentos nas lesões ressecadas do herpes simples recorrente peribucal.
Uma das características mais marcantes do herpes simples recorrente constitui-se no fato de não deixar cicatrizes ou marcas nos locais de sua manifestação. As marcas aparecem apenas quando as lesões são severamente infectadas secundariamente por bactérias ou modificadas por traumatismos superpostos, como mordidas na área envolvida.
TRATAMENTO
O rompimento das vesículas com agulhas e outros instrumentos perfurantes esterilizados pode abreviar o curso da recorrência, mas constitui uma manobra de risco, em função da possibilidade de autoinoculação do vírus em outras partes vizinhas, pelo escorrimento do líquido e pela contaminação por meio das mãos do operador, mesmo que com luvas apropriadas, ou pelo risco de infecção bacteriana secundária.
Há evidências de que a perfuração das vesículas associada à aplicação de qualquer medicamento não-agressivo aos tecidos da região, mesmo que placebo, reduz em aproximadamente 70% o tempo da lesão e de suas manifestações sintomáticas.
A aplicação e penetração de medicação em cremes, gel, líquidos e outras formas de apresentação para aplicação tópica nas lesões herpéticas recorrentes pode ser dificultada pelas barreiras físicas e químicas representadas pela rede de fibrina, células epiteliais necrosadas e tecido conjuntivo ulcerado com exsudato e infiltrado inflamatórios exuberantes.
Quando aplicados e fixados ao local, na forma de cremes e gel, os medicamentos locais funcionam como limitadores do contato das lesões herpéticas com as mãos, língua e lábios, prevenindo a autoinoculação das áreas vizinhas. Também diminui a possibilidade de contato dos herpéticos
com outras pessoas, diminuindo o risco de contágio. A aplicação desses medicamentos deve ser sempre realizada com espátulas ou cotonetes, para evitar o contágio dos dedos e mãos. Os medicamentos aplicados localmente podem funcionar como poderosos placebos e protetores oclusivos locais. Entre esses, têm-se pomadas e cremes com agentes antivirais de efetividade reduzida localmente, embora a maioria desses mesmos agentes, quando administrados sistemicamente, seja muito eficaz.
A natureza viral do herpes simples recorrente peribucal e intrabucal requer uma terapêutica antiviral eficiente, que promova a chegada das moléculas do medicamento até o interior das lesões ou, mais precisamente, até o interior das células hospedeiras. As moléculas do medicamento devem chegar no interior das células epiteliais e neurais, pois esse é o local onde cada partícula viral está sendo construída. Essa necessidade implica em uma terapêutica antiviral por via oral, com absorção intestinal e cujas moléculas viabilizem sua chegada nas lesões através da corrente sanguínea.
No interior de cada célula epitelial em que os vírus estão se replicando, as moléculas do medicamento antiviral competem com as moléculas que iriam construir novos vírus.
Se a cada novo surto de recorrência, de preferência ainda no período prodrômico, for administrado um medicamento antiviral eficiente, por via oral, com posologia adequada, milhões de partículas virais não se formarão, ou melhor, serão defeituosas e não infecciosas.
Se tratado com medicação assim prescrita a cada novo surto herpético, menos partículas virais permanecerão nos filetes neurais, até que os novos surtos fiquem cada vez mais esparsos e discretos em suas manifestações, fazendo que haja a possibilidade do completo desaparecimento da doença.
No entanto, se em um determinado surto o paciente não se medicou, o número de partículas virais volta a se elevar novamente, com maior chance da frequência dos surtos e possibilidade de sua gravidade retornar aos níveis anteriores ao início da terapêutica antiviral.
Entre as principais drogas antivirais disponíveis para administração sistêmica estão os seguintes produtos: aciclovir, valaciclovir e fanciclovir. E para aplicação local: cremes com: aciclovir e fanciclovir.
TRATAMENTO HOMEOPÁTICO
O medicamento homeopático apresenta resultados satisfatórios, quando utilizado como preventivo, ou seja, após a herpes ter sido tratada, iniciar com o tratamento homeopático para prevenir novo surto viral, já que sabemos que a herpes não tem cura, devemos fortalecer nossa imunidade com HOMEOPATIA, espaçando os períodos dos surtos e tornando-os menos agressivos.
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Por Suzana da Silveira Formiga
Farmacêutica homeopata
CRF RS 3598